Uns
confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor
nosso Deus. Salmos 20:7
Por
vezes ficamos confiantes que o mal não nos alcançará e teremos vitórias pelo
fato de sermos “cristãos”.
Quero
comparar essa “autoconfiança” com aquela que existiu no povo de Israel e que os
conduziram a confiar em seus comportamentos ritualísticos diante de Deus
enquanto seus corações se distanciavam mais e mais de Deus.
Os
rituais foram estipulados por Deus através de Moisés, mas estes eram para ser
um simbolismo do que deveria ser um relacionamento íntimo com Deus. E como sabemos
os Israelitas permaneceram por muito tempo somente com os rituais.
Precisamos
aprender com as tristes experiências do povo de Israel, pois essas podem estar
retratando realidades atuais que não queremos enxergar.
O
sintoma que deflagra nossos erros inconscientes é a ansiedade constante, o
sentimento de insaciedade, amarguras, guerras interiores entre muitas outras
percepções e fatos que nos desmascaram diante de nós mesmos.
Porque o
meu povo fez suas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e
cavaram, cisternas rotas, que não retêm águas. Jeremias 2: 13
Hoje,
não nos curvamos diante de uma imagem de escultura, não roubamos, não matamos;
e por isso nos sentimos justos diante de Deus.
Nossa
auto confiança disfarçada de fé se torna o amante de nosso EGO.
Existe
ainda o apelo por conquistas financeiras e comparações com muitas outras
situações e de outras pessoas, próximas ou da mídia, que se tornam a idolatria
que mina o verdadeiro relacionamento com Deus.
Estou
chamando de idolatria o valor excessivo que dou a algo, ou seja, algo que está
ocupando em demasia os meus pensamentos e me levando para longe dos desígnios
que Deus tem para mim!
Podemos
ser prósperos, mas o alerta vermelho soa quando isso se torna um pensamento e
preocupações constantes em nossa mente.
Podemos
nos preocupar com entes querido ou algumas situações que observamos a nossa
volta. No entanto essas preocupações devem ser depositadas definitivamente aos pés
do Único que pode resolver a situação, e assim impedirmos que se tornem um
tormento em nossa mente e nos adoeça.
Se o
Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não
guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de
madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus
amados o sono. Salmos 127:1,2
No
livro de Oséias aprendemos que Israel é comparado a uma esposa que traiu o seu
marido. E nós, igreja de Cristo somos chamados de Sua noiva.
Oséias
diz que Deus conduz sua Noiva para o deserto. Isso para que ela perceba que só
Ele pode alimentá-la da maneira que se sacie e guardá-la para que nada possa
causar-lhe algum dano.
Portanto,
eis que eu a trarei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Oséias
2:14
Estar
no deserto “com Deus” é considerar TUDO ao nosso redor como fútil e passageiro,
como escreveu o apóstolo Paulo aos Filipenses 3:7,8:
No
passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de
Cristo, considero que não tem nenhum valor. E não somente essas coisas, mas
considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais
valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei
tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo.
Quando
entendermos e vivermos isso que Paulo escreveu ao Filipenses poderemos nos deleitar
no manancial de águas vivas:
Jesus
respondendo, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu
lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João
4:13, 14
Ao aprendermos e colocarmos em prática essa
lição, comeremos para manter o corpo físico enquanto estivermos aqui na terra,
mas não para saciar a alma, pois esta já estará satisfeita em Deus Pai através
de Jesus.
Portanto, quando nos saciarmos no manancial de
águas vivas nada mais importará, e passaremos a considerar nossa vida aqui
insignificante ao ser comparada com o que nos aguarda no porvir, como foi com os
heróis da fé:
Todos
estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e
crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na
terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.
E
se, na verdade, se lembrassem daquela se onde haviam saído, teriam oportunidade
de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também
Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou
uma cidade. Hebreus 11: 13-16
Para encerrar quero te convidar a ler o Salmo de número
16, e assim continuaremos aprendendo como nossa confiança está somente em Deus!
https://www.bible.com/pt/bible/211/PSA.16.NTLH