(...) E
porei em vós o espírito, e vivereis,
e sabereis que eu sou o Senhor. Ezequiel 37:6
Estamos próximos de encerrar esse
assunto, e já aprendemos a importância de detalhes que podiam estar passando
despercebidos, que agora aprendemos, devem transbordar em nossas mentes
constantemente como o jorrar de uma fonte:
Mas
aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu
lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:14
No decorrer dos
pontos estudados anteriormente observamos a importância incontestável do
Espírito Santo de Deus em cada detalhe do processo para que todo e qualquer
“vale” em nossas vidas tornem a ter vida, e vida com abundância:
Eu vim
para que tenham vida, e a tenham com abundância. João 10:10b
Buscando no PAI o encerramento
desse estudo o Espírito Santo destacou essa questão: “e a tenham com abundância”. Estamos vivendo essa “vida com abundância” prometida por
Jesus?
Muita coisa ao nosso redor é usado
para nos afastar do PAI, o nosso inimigo é sutil, e não age bruscamente para
que não percebamos, assim pouco a pouco nossos sentidos vão perdendo a
sensibilidade e passamos a viver uma “vida” que não contem muito ou quase nada
daquilo que realmente essa palavra significa.
Por isso questiono: “Estamos
vivendo ou sobrevivendo? Estamos vivendo ou apenas existindo?”
O salmista no Salmo
88:4 diz que estava sendo contados com os que descem a cova,
possivelmente estava tão enfermo ou ferido que todos já consideravam como morto.
Não é essa a sensação que por vezes nos aflige?
A palavra “vida” em si já conota
muito mais do realmente temos observado, quanto mais quando ela é colocada em
um verbo, destacando mais ainda ação. Não uma mera ação, mas “a
ação”. Podemos dizer que é o verbo, ou a ação que impulsiona todos os
demais que possam existir, ou seja, para “andar” você precisa antes e
juntamente “viver”, para “comer”, “falar” e todas as demais ações, o “viver”
estará inevitavelmente presente.
Então vamos procurar entender o
que mais pode estar incutido em “viver”:
Existência à um filósofo francês tornou um frase celebre:
“Penso, logo existo.” E com essa frase ícone ele exaltou a “duvida”.
Podemos entender que a duvida
seja uma dádiva dada por nosso PAI, pois ela é de certa forma um impulso para o
livre arbítrio.
Deus nos fez pessoas livres para
escolher entre o bem e o mal, o sermos Dele ou estarmos errantes sem uma
direção, ainda que haja pessoas que chamem isso de “liberdade”, precisamos nos
lembrar que nosso ardiloso inimigo aguarda que cada um de nós saia da proteção
de Deus, para manipular essa “liberdade” em prol da nossa destruição.
Mas enfim, somos livres para
escolher, e escolhemos depois de buscarmos sanar nossas “duvidas”, por isso
aproveitei a fala do filósofo para ressaltar o nosso “viver” como “existir”.
Não existimos como um objeto
existe. Mas existimos com uma energia chamada duvida que nos impulsiona a nos
movimentar em busca de sanar a mesma. E nesse movimento encontramos o nosso
Criador, que nos mostra o real sentido de nossa “vida”. Foi assim com Nicodemos
(João
3), com o jovem que se decepcionou com a resposta de Jesus (Mateus
19:16-22), entre muitos outros.
Cantarei
ao Senhor enquanto eu viver; cantarei ao meu Deus, enquanto eu tiver
existência. Salmo 104:33
Estar Vivo à Entendemos “estar vivo” como usufruir
daquilo que está a nossa volta. Afinal uma pessoa em estado de coma é
considerada “viva”, no entanto sua situação não a difere muito daquele que já
não tem o fôlego de vida em seu corpo.
Por isso “estar vivo” é um
complemento do que falamos sobre “existir”. No entanto para o cristão esse
“viver” é muito mais significativo:
Porque
para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Filipenses 1:21
Quando um moço que queria o
Jesus, mas que antes queria sepultar seus pais, recebeu uma resposta uma tanto
quanto intrigante, mas que esclarece o nosso entendimento:
Jesus,
porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos. Mateus 8:22
Ainda em Mateus 22:32, Jesus
afirma que “Deus não é Deus de
mortos, mas de vivos!” assegurando que até mesmo aqueles que
desceram à sepultura, estando em Cristo, não podem ser contados com os “mortos”,
pois se entregaram a Deus. Quanto mais será nossa vida preenchida da vida de
Deus enquanto caminhamos por essa terra se nos enchermos de Sua Vida?
E, quando isto que é corruptível se revestir
da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está,
ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tia vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso
Senhor Jesus Cristo. I Coríntios 15:54-57
à O dicionário
ainda define “Estar Vivo” como:
manter relações com alguém.
Então
percebemos o que mais implicar em ser cheio do Espírito, conforme Deus revelou
ao profeta Ezequiel, para que aqueles corpos tivessem vida:
Já estou
crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho Deus, o qual me amou, e se
entregou a si mesmo por mim. Gálatas
2:20
Relacionar-se com alguém é muito
mais que estar no mesmo ambiente, e dar atenção ao outro, é compreender e se
alegrar em nossa dependência do outro, deixando nossos corações abertos para
todo benefício que esse relacionamento possa trazer.
Portanto teremos vida quando
caminharmos com Jesus, e entendermos tudo que Ele tem para nós: Lucas
24:15-31.
Mas cabe a nós convidá-lO para
ficar conosco:
E eles o
constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E
entrou para ficar com eles. Lucas 24:29
E
buscar-me-eis, e me acharei, quando me buscardes com todo o vosso coração. Jeremias 29:13
à Assim como “Estar Vivo” significar também “passar pela experiência”.
Ou seja, não é
apenas freqüentar uma igreja ou pertencer a uma família de cristãos. Você precisa
experimentar Jesus! Ter a sua própria e única experiência que lhe mostrará o quanto
tem a Sua vida em você!
Conta-se uma
história que aconteceu em uma Universidade de Chicago, onde um homem
extremamente intelectual questionava a ressurreição de Cristo usando todo o seu
conhecimento acadêmico, quando ao final de sua palestra aproximou-se dele um
homem muito simples comendo uma maçã, e perguntou-lhe: “A maçã que acabei de
comer estava doce ou azeda?” com espanto da pergunta aparentemente fora do
contexto da palestra, o culto professor afirmou-lhe que não poderia saber já
que não experimentara a maçã. Então o singelo homem finalizou: ”O senhor também
nunca provou do meu Jesus, como pode afirmar o que está dizendo?”*
Queremos ter a
Vida de Jesus, a Vida que o Espírito pode nos trazer, mas queremos experimentar
Jesus, nos dedicando a busca dessa experiência?
Uma passagem bíblica que acabo por repetir com
freqüência por encontrar nela vários ensinamentos é quando duas irmãs estão
próximas ao Mestre, mas apenas uma delas realmente está se relacionando com
Ele: Lucas
10:38-42
(...) E
porei em vós o espírito, e vivereis,
(...) Ezequiel 37:6
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, para que fique convosco para sempre; (...) Mas aquele Consolador, o
Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as
coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 14:16 e 26
O
Espírito Santo está aqui para nos encher e nos ensinar a usufruir de toda a
Vida prometida por Jesus. É com Ele que aprendemos e nos conscientizamos que “existimos”,
“estamos vivos”, “mantemos uma relação” e temos “experiência” com o nosso Pai e
Criador e com Jesus, nosso Salvador.
Por
isso eu te convido: “Deixe o Espírito Santo de Deus entrar e agir em você!” Para
que o seu “vale de ossos secos” tenha vida, a Vida que Deus planejou para nós
desde o inicio dos tempos!