AMOR à
Sentimento que induz a aproximar, proteger ou a conservar a pessoa pela qual se
sente afeição.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu Filho Unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna. João 3:16
O
amor é o primeiro fruto descrito pois é a base para os demais. Ter amor é ter
imperando dentro de si um sentimento de auto sacrifício, de altruísmo, de
autodoação.
Notemos
que dos nove frutos citados no livro de Gálatas, oito são relacionados ao
“outro”, no agir para com o próximo. Enquanto a base para a obras da carne é o
“egoísmo”.
Portanto
o “amor” é, não só o oposto, mas também o antídoto para o “egoísmo”! Ou seja,
ter amor é colocar os interesses de Deus e do outro antes dos seus.
(...) portanto o amor de Deus está derramado
em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Romanos 5:5
Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós;
permanecei no meu amor. (...) O mandamento é este: Que vos amei uns aos outros,
assim como eu vos amei. João 15:9 e 12
Um
dos textos mais conhecidos da Bíblia que fala do amor é o que Paulo escreveu aos
coríntios (1
Coríntios 13). Vamos observar alguns detalhes sobre o ensino
do apóstolo, dos quais podem passar despercebido:
v Ainda que eu falasse as línguas dos homens e
dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
(v.1)
Nesse
versículo Paulo traz à tona o que acontece com todos nós: a busca por
conhecimento, seja carnal (falar as línguas dos homens), seja espiritual (e dos
anjos).
Acreditamos
que o conhecimento nos aproxima de Deus e de nossos objetivos pessoais no dia a
dia. Enquanto na realidade, esta busca se torna estéril se não estiver
alimentada pelo o que existe de mais importante, o amor.
Nos
dedicarmos em aprender, seja os conhecimentos humanos, seja os bíblicos, não
deve ser descartado. Mas devem ser nutrito pelo real motivo da nossa
existência:
“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Respondeu
Jesus: “’Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e
de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo
é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os Profetas”. Mateus 22:36-40
v E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
(v.2)
O
versículo 2 de 1 Coríntios, fala de fé, se refere a uma espiritualidade
desejada por todos (até os que não conhecem Deus, buscam o poder da
fé através do que chamam de poder da palavra ou pensamento positivo).
É
o que podemos chamar de “ritualismo”, ou de uma fé vazia, pois está sendo
exercida para alcançar objetivos pessoais, egoístas.
“Ai de vocês, fariseus, porque dão a Deus o
dízimo da hortelã, da arruda e de toda a sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça
e o amor de Deus! Vocês deviam praticar estas coisas, sem deixar de fazer
aquelas. Lucas 11:42
Dizimar
para os fariseus tinha um significado singular, se sentirem melhor que o outro
que não cumpria esse mandamento, e consequentemente menosprezá-los. Enquanto a justiça e amor de Deus alcança a
todos sem exceção:
Vocês ouviram o que foi dito: ’Ame o seu
próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem
por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que
está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva
sobre justos e injustos. Mateus 6:43-47
v E ainda que distribuísse toda a minha fortuna
para sustento dos pobres e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado,
e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. (v.3)
Já
o versículo três de 1 Coríntios refere-se à vaidade humana. O “dar” para se
exaltar ou para comprar a salvação.
Eis que
alguém se aproximou de jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei para ter a
vida eterna?” (...) Disse-lhe o jovem: ”A tudo isso tenho obedecido. O que me
falta ainda?”
Jesus respondeu:
“Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres,
e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”. Mateus 19:16,20,21
O
que faria daquele jovem perfeito não era simplesmente vender todos os seus bens
e dar aos pobres, mas “seguir Jesus”, desta maneira sua ação não estaria
embasada em conquistar o céu, mas em aprender a amar a Deus sobre todas as
coisas, pois para ter Jesus reinando em seu coração o jovem precisaria destronar
os seus bens materiais. Ainda que provavelmente ele fosse um dizimista fiel, e
desse boas ofertas aos necessitados, ele permanecia com o suficiente para depositar
a sua confiança e manter uma situação cômoda no plano terrestre. Ou seja, o verdadeiro
amor nos faz virar as costas para planos e prioridades humanas e coloca Jesus
como único e real motivo da nossa felicidade e existência!
Quando
o amor vence o egoísmo enraizado no coração humano, Deus se torna o único e suficiente
Senhor de nossas vidas, e o reflexo disso é uma demonstração de amor genuíno
aos que nos observa, como um fruto que sacia a real fome da humanidade.
Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro,
como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte;
então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. 1 Coríntios 13:12