quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Momentânea Tribulação

 

 



II Coríntios 4:8, 9, 16, 17 e 18

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; (...)
Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais (passageiras), enquanto as que se não vêem são eternas.

       
Quem pode ignorar que o mundo a nossa volta está desmoronando como um castelo de areia com a chegada da maré alta?

Quanta preocupação e dor isso tem nos causado?
        Entretanto o nosso manual de instrução, a nossa bússola, a “Palavra de Deus”, não nos desampara.

Antes nos prepara, afirmando que haverá dificuldades, enquanto traz o consolo, garantindo que não estamos sós, nos dizendo que essas obstáculos não tem o poder de nos destruir e nem de se prolongar por muito tempo.
        Quero distinguir a ação de consolar entre aquelas feitas por pessoas como nós, e o consolo de nosso Pai através de Sua Palavra e do Espírito Santo:

Nossos amigos querem nos consolar, mas algumas vezes só terão palavras que podem não surtir efeito algum diante de nossa dor, e ainda sem a intenção, podem estar afirmando algo inacessível, como a melhora de uma doença incurável.

Já quando o Pai vem de encontro a nossa dor, essa tem que se render ao Autor da vida! E Suas promessas jamais serão um mero alívio ilusório!
        Por isso não vivemos a ilusão que está tudo bem enquanto tudo se destrói a nossa volta, mas renovamos nossas forças para continuar enquanto for necessário passarmos por aprendizados árduos, que são  permitidos por Deus para nos moldar.

Pois Ele mesmo é quem nos sustenta. Nos ensinando o significado da verdadeira paz e felicidade, que são tão reais quanto eternas, aqui nessa vida e no porvir.

Ainda que estejam inacessíveis aos nossos olhos carnais nesse momento.

Paulo escreveu aos Romanos 8:18

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para se comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

A glória que nos a de ser revelada não se refere somente ao nosso futuro celestial, mas também aqui enquanto estamos nesse plano terrestre.

Pois assim como depois de uma tempestade vem a bonança, todos nós, depois de alguma turbulência nos percebemos mais experientes, com as forças renovadas e conscientes do milagre de Deus para termos ficados bem após a dificuldade.

Este amadurecimento cognitivo, psicológico e espiritual é a glória de Deus revelada em nós!

 

 

 

 

sábado, 19 de dezembro de 2020

ESSÊNCIA

 


 

Dentro de uma pequena semente pode estar a essência de uma grande arvore.

Dentro de cada um de nós encontra-se a essência de uma pessoa maravilhosa!

Mas como fazer germinar e crescer tal essência?

Para que a arvore venha existir na sua plenitude um dia aquela pequenina semente se entregou a terra e aceitou dela todo alimento que que lhe foi oferecido. Deixou-se envolver pela umidade e não deixou que o egoísmo aprisionasse o seu potencial.

Da mesma forma eu e você!

Devemos nos entregar a vida, nos envolvendo com aquilo que está ao nosso redor. Nos alimentarmos com os ensinamentos preciosos que são colocados em nosso caminho. E por fim deixarmos que a casca se rompa sem medo de expor aquilo que vem crescendo em nosso interior!

Existe toda espécie de plantas, das de pequeno porte às imensas, das que nos servem de alimento ou mesmo de remédio, e ainda àquelas que simplesmente existem para colorir a vida. Todas, sem exceção, são essenciais!

Assim também a humanidade carrega essa variedade inimaginável de pessoas que sempre tem uma linda função a cumprir. Alguns se destacam como uma enorme arvore frutífera, já outros parece passarem despercebidos como uma pequena grama. Mas todos são importantes e podem se alegrar com sua capacidade.

Porventura temos nos alegrado com a nossa existência? Percebemos como somos importantes no complexo ciclo da vida?

Ou cometemos o pecado de imaginar que somos insignificantes?

Não cometamos esse erro!

Devemos acreditar na nossa importância! Acreditar na essência que existe dentro de nós! Acreditar no nosso valor!

Certa vez um garoto caminhava entre uma multidão, e ali passava despercebido. Era só mais um garoto... Que importância teria?

Porém quando aquela mesma multidão começou a se incomodar por estar na hora de se alimentarem, foi aquele garoto que apresentou ao Mestre o seu “insignificante“ lanche. Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou aquela multidão!

E o garoto?

Continuou anônimo para muitos...

Mas não para Deus!

Por isso eu te convido nesse momento a rever os conceitos sobre si mesmo! Com certeza encontrará algo em que possa se alegrar por ser útil ao Pai!

A essência em nosso interior quer romper a fina casca que lhe envolve, para então germinar e crescer... E se tornar uma linda, essencial e inigualável planta!

 

Dentro de nós está a essência de uma pessoa maravilhosa!

 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

CONFIANÇA OU AUTOCONFIANÇA?

 


Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Salmos 20:7


Por vezes ficamos confiantes que o mal não nos alcançará e teremos vitórias pelo fato de sermos “cristãos”.

Quero comparar essa “autoconfiança” com aquela que existiu no povo de Israel e que os conduziram a confiar em seus comportamentos ritualísticos diante de Deus enquanto seus corações se distanciavam mais e mais de Deus.

Os rituais foram estipulados por Deus através de Moisés, mas estes eram para ser um simbolismo do que deveria ser um relacionamento íntimo com Deus. E como sabemos os Israelitas permaneceram por muito tempo somente com os rituais.

Precisamos aprender com as tristes experiências do povo de Israel, pois essas podem estar retratando realidades atuais que não queremos enxergar.


O sintoma que deflagra nossos erros inconscientes é a ansiedade constante, o sentimento de insaciedade, amarguras, guerras interiores entre muitas outras percepções e fatos que nos desmascaram diante de nós mesmos.


Porque o meu povo fez suas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram, cisternas rotas, que não retêm águas. Jeremias 2: 13

Hoje, não nos curvamos diante de uma imagem de escultura, não roubamos, não matamos; e por isso nos sentimos justos diante de Deus.

Nossa auto confiança disfarçada de fé se torna o amante de nosso EGO.

Existe ainda o apelo por conquistas financeiras e comparações com muitas outras situações e de outras pessoas, próximas ou da mídia, que se tornam a idolatria que mina o verdadeiro relacionamento com Deus.

Estou chamando de idolatria o valor excessivo que dou a algo, ou seja, algo que está ocupando em demasia os meus pensamentos e me levando para longe dos desígnios que Deus tem para mim!


Podemos ser prósperos, mas o alerta vermelho soa quando isso se torna um pensamento e preocupações constantes em nossa mente.

Podemos nos preocupar com entes querido ou algumas situações que observamos a nossa volta. No entanto essas preocupações devem ser depositadas definitivamente aos pés do Único que pode resolver a situação, e assim impedirmos que se tornem um tormento em nossa mente e nos adoeça.

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Salmos 127:1,2


No livro de Oséias aprendemos que Israel é comparado a uma esposa que traiu o seu marido. E nós, igreja de Cristo somos chamados de Sua noiva.

Oséias diz que Deus conduz sua Noiva para o deserto. Isso para que ela perceba que só Ele pode alimentá-la da maneira que se sacie e guardá-la para que nada possa causar-lhe algum dano.

Portanto, eis que eu a trarei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Oséias 2:14

Estar no deserto “com Deus” é considerar TUDO ao nosso redor como fútil e passageiro, como escreveu o apóstolo Paulo aos Filipenses 3:7,8:

No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não tem nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo.


Quando entendermos e vivermos isso que Paulo escreveu ao Filipenses poderemos nos deleitar no manancial de águas vivas:

Jesus respondendo, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:13, 14

Ao aprendermos e colocarmos em prática essa lição, comeremos para manter o corpo físico enquanto estivermos aqui na terra, mas não para saciar a alma, pois esta já estará satisfeita em Deus Pai através de Jesus.


Portanto, quando nos saciarmos no manancial de águas vivas nada mais importará, e passaremos a considerar nossa vida aqui insignificante ao ser comparada com o que nos aguarda no porvir, como foi com os heróis da fé:

Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.

E se, na verdade, se lembrassem daquela se onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. Hebreus 11: 13-16

     

    Para encerrar quero te convidar a ler o Salmo de número 16, e assim continuaremos aprendendo como nossa confiança está somente em Deus!

 https://www.bible.com/pt/bible/211/PSA.16.NTLH