sexta-feira, 30 de junho de 2017

Suficiência da Palavra de Deus



Estou lendo um livro que muito tem me edificado, e senti arder em meu coração o desejo de compartilhar um trecho que me chamou a atenção.
O livro é:
NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO
John F. MacArthur, Jr. – Segunda edição em português 2001 – Editora Fiel

A parte especifica que colocarei aqui se encontra no capitulo 4 intitulado “A Verdade em um Mundo de Teoria”, mais precisamente em um subtítulo “Um Salmo Sobre a Suficiência da Palavra de Deus”. Entre as páginas 64 e 73.

O Salmo 19.7-14 é a afirmativa mais monumental, feita em termos tão precisos, sobre a suficiência das Escrituras. Escrito por Davi, sob a inspiração do Espírito Santo, este salmo oferece um testemunho inabalável do próprio Deus sobre a suficiência de sua Palavra para cada situação.

A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma;
O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração.
O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.
O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre;
Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos.
São mais desejáveis do que o ouro, mais do que muito ouro depurado;
e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
Além disso, por eles se admoesta o teu servo;
em os guardar, há grande recompensa.
Quem há que possa discernir as próprias faltas?
Absolve-me das que me são ocultas.
Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine;
então serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.
As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração
sejam agradáveis na sua presença,
Senhor, rocha minha e redentor meu!

Com poucas palavras, o Espírito Santo nos dá uma lista abrangente das características e benefícios das Escrituras, cada qual merecendo nossa investigação detalhada.

Cada uma das seis afirmativas ressalta uma característica da Palavra de Deus e descreve os efeitos que ela produz na vida de quem a recebe.

Davi afirma: "A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma". A palavra hebraica traduzida por "lei" é torah, que enfatiza a natureza didática das Escrituras. Aqui, Davi a usa para se referir às Escrituras como a totalidade do que Deus revelou para nossa instrução, quer seja credo (o que cremos), caráter (o que somos) ou conduta (o que fazemos).

"Perfeito" é a tradução de uma palavra hebraica comum que significa "inteira", "completa" ou "suficiente". Ela transmite a idéia de algo amplo, que cobre todos os aspectos de uma questão.

A Escritura é abrangente, envolvendo tudo quanto é neces­sário para a vida espiritual de alguém. Entende-se que Davi contrasta a Palavra com o imperfeito, insuficiente e falho raciocínio dos homens.

A perfeita lei de Deus afeta a pessoa, restaurando-lhe a alma. A palavra hebraica traduzida por "restaura" pode significar "converte", "revive" ou "refresca"; mas o meu sinônimo favorito é "transforma". A palavra "alma" (em hebraico, nephesh) se refere à pessoa, o eu, o coração de alguém. Ela é traduzida assim (e de muitas outras maneiras) no Velho Testamento. A essência dela é a pessoa interior, a pessoa inteira, o verdadeiro "eu". Parafraseando as palavras de Davi: a Escritura é tão poderosa e abrangente que pode converter e transformar a pessoa toda, tornando-a em alguém precisamente como Deus quer que ela seja. A Palavra de Deus é suficiente para restaurar, através da salvação, até a vida mais arrasada.

Davi, ampliando o alcance da suficiência das Escrituras, escreve: "O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices". "Testemunho" fala das Escrituras como um depoimento divino. A Escritura é o fiel testemunho de Deus, mostrando quem Ele é e o que requer de nós. "Fiel" significa que o testemunho de Deus é inabalável, irremovível, inconfundível, seguro e digno de confiança. Ele prove um fundamento sobre o qual podemos construir nossas vidas e destinos eternos.

As Escrituras são o resultado da obra do Espírito de Deus movendo-se sobre os autores humanos, para produzir sua Palavra na forma escrita (2Pe 1.20-21). Como tal, ela põe de lado até mesmo experiências apostólicas vividas com o próprio Jesus. Talvez seja por isso que Jesus impediu que os discípulos, na estrada de Emaús, O reconhecessem enquanto Ele "expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras" (Lc 24.27). Ele queria que a fé e a pregação deles fossem alicerçadas nas Escrituras, não apenas em sua experiência pessoal, ainda que essa experiência pudesse ter sido comovente ou memorável. Se isso era verdade quanto aos apóstolos, quanto mais deveriam os crentes, em nossos dias, procurar conhecer a Deus, ao invés de buscarem experiências sobrenaturais ou de êxtase. A experiência pode facilmente ser falsificada, mas as Escrituras não. Ela foi consumada e definitiva­mente entregue aos homens.

A fiel Palavra de Deus transforma o símplice em sábio. A palavra hebraica traduzida por "símplice" vem de uma expressão que significa "uma porta aberta". Ela evoca a imagem de uma pessoa ingênua que não sabe quando fechar sua mente contra o ensinamento falso e impuro. Ela não tem discernimento, é ignorante e influenciável. Mas a Palavra de Deus a torna sábia. "Sábio" fala não de alguém que meramente conhece um fato, mas de alguém que é habilidoso na arte do viver santo. Ele se submete às Escrituras e sabe aplicá-las às suas circunstâncias. A Palavra de Deus, então, toma uma mente simples, sem discernimento, e a torna hábil em todas as questões da vida. Isto, também, está em contraste com a sabedoria dos homens, a qual, na realidade, é loucura (1Co 1.20).

Davi acrescenta uma terceira declaração sobre a suficiência das Escrituras. "Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração". Preceitos são orientações e princípios divinos para o caráter e a conduta. Visto que Deus nos criou e sabe como devemos viver, a fim de sermos produtivos para sua glória, Ele pôs nas Escrituras todos os princípios que necessitamos para o viver santo.

Os preceitos de Deus, disse Davi, são "retos". Em vez de simplesmente indicar o que é reto, em oposição ao que é errado, essa palavra tem o sentido de mostrar a alguém o caminho verdadeiro. As verdades das Escrituras delineiam a trilha apropriada através do intrincado labirinto da vida. Essa é uma confiança maravilhosa. Tantas pessoas hoje estão aflitas ou abatidas porque carecem de direção e propósito. A maioria busca respostas em fontes erradas. A Palavra de Deus não somente fornece luz para o nosso caminho (Sl 119.105), mas também determina a rota à nossa frente.

Visto que ela nos conduz num viver correto, a Palavra de Deus nos traz grande alegria. Se você está deprimido, ansioso, temeroso, duvidoso, aprenda a obedecer o conselho de Deus e desfrute o prazer que disso resulta. Não se volte para a auto-estima e a auto-realização. Concentre-se na verdade divina. Nela você encontrará gozo verdadeiro e duradouro. Todas as outras fontes são superficiais e passageiras.

O salmista se voltava às Escrituras em busca de ajuda, quando estava desanimado e deprimido — "O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica" (Sl 119.50). Nova­mente isso fala contra a futilidade manifestada pelos homens, ao trilharem caminhos que não satisfazem, procurando a felicidade sem nunca conseguir encontrá-la.

Até mesmo Jeremias, o "profeta chorão", experimentou gozo em meio a tremenda angústia humana, porque a Palavra de Deus era sua alegria e o prazer do seu coração (Jr 15.16).

O Salmo 19.8 dá uma quarta característica da absoluta suficiência da Escritura: "O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos". "Mandamento" enfatiza a natureza não-opcional da Bíblia. A Bíblia não é um livro de sugestões. Suas ordens divinas possuem autoridade e são obrigatórias. Aqueles que tratam essas ordens com leviandade se colocam em eterno perigo. Aqueles que as levam a sério encontram bênção eterna.

"Puro" poderia ser melhor traduzido por "lúcido", pois a Escritura não é obscura, confusa ou enigmática. O sinônimo "claro" é melhor. A Palavra de Deus é uma revelação da verdade para tornar as coisas obscuras em claras, trazendo a eternidade em foco nítido. Certamente há coisas nas Escrituras que são difíceis de entender (2Pe 3.16). Mas tomada como um todo, a Bíblia não é um livro confuso.

As Escrituras, por causa de sua absoluta clareza, trazem entendimento onde há ignorância, ordem onde há confusão e luz onde há escuridão espiritual e moral. Ela está em forte contraste com os confusos pensamentos dos homens não-redimidos, os quais, em si mesmos, são cegos e incapazes de discernir a verdade ou viver retamente. A Palavra de Deus claramente revela benditas e esperançosas verdades que eles nunca podem ver.

No verso 9, Davi usa a palavra "temor" como sinônimo para a palavra de Deus: "O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre". "Temor" fala da admiração reverente a Deus que nos compele a adorá-Lo. A Bíblia, neste sentido, é o manual de Deus sobre como adorá-Lo.

A palavra hebraica traduzida por "límpido" fala da ausência de impureza, sujeira, contaminação ou imperfeição. A Escritura é eterna e inalteravelmente perfeita. Jesus afirmou: "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mc 13.31). Isso garante que a Bíblia é permanente, imutável e, portanto, relevante para todos, em qualquer época da história. Ela sempre foi e sempre será suficiente.

O versículo 9 dá a característica e o efeito final da toda suficiência Palavra de Deus: "Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos". "Juízos", nesse contexto, significam ordenanças ou veredictos divinos que procedem do trono do supremo Juiz da terra. A Bíblia é o padrão de Deus para julgar a vida e o destino eterno de toda criatura.

Os incrédulos não podem saber o que é a verdade, porque estão cegos em relação à Palavra de Deus. Sendo enganados por Satanás, eles buscam em vão a verdade espiritual. Mas, à parte da Palavra de Deus não podem descobrir a verdade absoluta sobre as coisas que realmente importam: a origem e o propósito da vida, moralidade, valores, vida, morte, destino, eternidade, céu, inferno, verdadeiro amor, esperança, segurança e qualquer outra questão básica à vida espiritual.

Em contraste, os crentes têm a verdade a respeito de tudo o que realmente importa. Que grande privilégio é possuir a Palavra da Verdade!

Por ser verdadeira, a Escritura é totalmente justa (Sl 19.9). A implicação dessa afirmativa é que a veracidade da Bíblia produz uma justiça abrangente naqueles que a aceitam. E, visto que ela é uma completa e exaustiva fonte de verdade e justiça, somos proibidos de acrescentar-lhe, tirar-lhe ou distorcê-la de qualquer forma (Dt 4.2; Ap 22.18-19; 2 Pe 3.15-16).



domingo, 25 de junho de 2017

PAZ




João 14:27
Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o seu coração, nem tenham medo.

Gosto de imagens, elas descrevem sentimentos que mil palavras não descreveriam. Mas qual imagem melhor descreveria a “paz”? Qual descreveria a “paz” que Jesus nos dá?

E a paz que o mundo dá? Existe essa paz dada pelo mundo?

Antes de imaginarmos como essas imagens podem ser, somos bombardeados por figuras e sugestões de que existe essa “paz” dada pelo “mundo”.

O mundo, as pessoas que vivem segundo os seus padrões, acreditam que essa “paz” será alcançada ao se atingir objetivos como: realização financeira, sucesso profissional (também segundo padrões ditados “pelo mundo”), conquista de pessoas que acreditamos que nos fará felizes, entre outros.

No entanto, podemos observar, além das afirmações bíblicas, pessoas que tem suas vidas expostas pela mídia, que chegaram a tais objetivos, mas que não parecem ter paz, pois estas mesmas pessoas se deixam levar por depressões, vícios e outras situações que revelam a insatisfação de suas almas.

É uma matemática tão lógica e simples, e ao mesmo tempo tão desprezada pela humanidade: se acredito que a minha paz está atrelada a bens materiais, quando esses se desvanecem a minha paz se vai; se minha paz depende de outra pessoa, como conjugue ou filhos, na falta de algum destes a minha paz deixa de existir.

Por outro lado, se busco a paz descrita por Jesus, que não depende de nada além da Sua promessa, de ganha-la Dele mesmo, nada nem ninguém pode furtá-la de mim.

Por isso Jesus nos traz essa afirmação: Não a dou como o mundo a dá.”

Para recebermos essa paz precisamos de apenas uma coisa, essa muito simples: não compará-la com a “paz” entendida pelo mundo.

Pois este é o erro da maioria das pessoas que até se aproximam de Jesus, mas não recebem Dele o que esperavam. Pois suas convicções se baseiam em padrões ditados pela sociedade, e esta está corrompida e distante dos planos santos e perfeitos que Deus sempre quis para aqueles que Dele se aproximam. Tais pessoas querem que Jesus lhes dê a paz como a do mundo. E assim rejeitam a verdadeira e duradoura paz de Cristo.

Se nossa mente acredita nas concepções ditadas pelo mundo, sempre estaremos esperando receber a tal “paz” descrita segundo os padrões do mundo.

Então antes de recebermos a paz verdadeira, precisamos nos esvaziar de crenças, idealizações e afirmações que nunca nos trouxeram a paz. E deixar que o Espírito Santo de Deus nos ajude a entender e receber na sua plenitude a paz prometida por Jesus.

É como a escolha de uma roupa: diante de uma grande ou pequena variedade de peças que possa se encontrar em seu armário, a cada manhã você precisa escolher apenas uma delas. Você na duvida não irá sobrepor várias peças de roupas, pois isso será no mínimo desconfortável.

Seguindo esse raciocínio eu te convido a se despir daquilo que te ensinaram como sendo “paz”. Então você estará pronto para experimentar e usufruir da verdadeira e única paz que existe!

A paz dada por Jesus!

Como Maria irmã de Marta e de Lázaro, precisamos escolher a melhor parte! Lucas 10:38-42  

domingo, 18 de junho de 2017

DEUS TE VÊ



Salmo 139:1-18, 23 e 24

SENHOR, tu me sondas, e me conheces.

Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.

Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.

Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.

Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.

Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.

Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?

Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.

Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,

Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.

Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia. As trevas e a luz são para ti a mesma coisa;

Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.

Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profudenzas da terra.

Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.

E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!

Se as contasse, seriam em maior numero do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.

E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.


domingo, 11 de junho de 2017

DEIXANDO A REDE



Marcos 1:16-18
Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e seu irmão André lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E disse Jesus: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”. No mesmo instante eles deixaram suas redes e o seguiram.

No texto postado anteriormente falamos sobre “RELACIONAMENTO COM DEUS”, e hoje vamos aprofundar o assunto para aqueles que desejam ter cada vez mais intimidade com o PAI. Pois acredito que esse seja o desejo de todo aquele que se declara cristão.

Vamos entender esse termo tão usado nos dias atuais:
Cristão à adjetivo substantivo masculino
Diz-se de ou aquele que professa ou freqüenta igreja de uma das modalidades do cristianismo;
Diz-se de ou que é conforme ou compatível com os princípios do cristianismo;
Adjetivo: que recebeu influência do cristianismo ou de seus princípios.

Biblicamente e originalmente, o significado da palavra “cristãos” no grego é “Pequenos Cristos” – dando o sentido de que o cristão deve ser uma cópia submissa de Cristo. A designação não está relacionada à religião de alguém, mas sim, à identidade que essa pessoa tem com a pessoa de Cristo!

Diante dessas definições amplia-se o numero de pessoas que acreditam caber na concepção de “cristão”!

No entanto se voltarmos à leitura da Palavra de Deus, e aos fatos históricos que nos contam como viviam os cristãos primitivos, os primeiros a assumirem o título de cristão, percebemos que as duas realidades, a antiga e a atual, não se ajustam!

Agradeço ao PAI, por na maioria dos países não haver mais perseguições a cristãos, como havia no passado, quando para assumirem essa denominação as pessoas deveriam estar dispostas a perderem tudo, inclusive a própria vida.

No entanto o que incomoda ao olharmos para as diferenças descritas nas distintas épocas, é a disponibilidade expressa na vida prática de cada grupo de pessoas referidas.

Hoje não precisamos abrir mão de “nossa vida”, como observamos que os primeiros discípulos fizeram. Podemos, e devemos continuar trabalhando, estudando, vivendo com nossa família, entre muitas outras coisas.

No entanto existe algo implícito nessa frase: “deixaram suas redes e o seguiram”. Algo que devemos colocar em prática, nos capacitando a sustentar com zelo a reputação de cristão!

Vou usar o significado da palavra “rede” de uma forma simbólica, mas que nos conduzirá as revelações necessárias para assumirmos o titulo de “cristãos” com responsabilidade, profundidade, clareza e regozijo.

Quando falamos em “rede”, logo pensamos em um objeto que é usado para pegar peixes, este é o mesmo declarado no texto bíblico que estamos usando, Marcos 1:18. Fora desse contexto nossa mente iria rapidamente para um termo muito usado atualmente, “redes sociais”. A primeira cerca e aprisionam peixes, a segunda “cerca” e “envolve” as pessoas.

Enfim “rede” é um termo usado para qualquer coisa ‘grande’ o suficiente para envolver. E seguindo nesse raciocínio precisamos agora parar e observar a nossa volta o que está nos envolvendo!

Simão e André não estavam presos na rede que manipulavam, mas precisaram deixá-la para seguir Jesus.

Tudo que nos envolve nos dia a dia pode até não ser uma prisão literal, mas precisamos largá-las por um momento, que significa aqui colocar em segundo plano, para conseguirmos enxergar Jesus nos chamando para segui-lO, para sermos “cristãos”!

Aqui chegamos ao ponto que desmascara o engano que podemos estar vivendo!

Dizemos-nos cristãos!
Mas largamos a rede?

Isto é, deixamos em segundo plano tudo que nos envolve, tudo que nos foi ensinado, para olharmos exclusivamente para Jesus e O seguir onde quer que Ele vá?

No capítulo 9 de Atos encontramos a história do apóstolo Paulo.

Paulo, antes conhecido como Saulo de Tarso, vivia uma convicção religiosa! Ele caminhou para a cidade de Damasco pronto para agir contra àqueles que seguiam o Caminho, pois acreditava que estes estavam disseminando uma seita. Saulo defendia aquilo que ele aprendera desde a infância! A fé judaica.

Notem: o que os judeus sabiam não estava errado. Eles criam em um Deus único e verdadeiro, criador dos céus e da terra. ATorá, o livro sagrado que pauta a fé judaica afirma que o filho de Deus viria para ensinar o caminho e libertar seu povo da escravidão. E foi aqui que as maiorias dos judeus tropeçaram, não reconheceram Jesus, o filho de Deus enviado para cumprir a Sua Palavra, porque interpretavam com o raciocínio humano as Escrituras, quase que como exigindo que Deus a cumprisse como lhes fosse favorável.

Não é exatamente assim que alguns “cristãos” faz nos dias atuais?

Se prendem a ensinos, que são verdadeiros, mas deixam de buscarem a direção do próprio Pai, através do Espírito Santo, para entenderem e colocarem em prática tais instruções.

Essas são as redes que nos envolvem, e por vezes nos prendem, nos impedindo de “seguir Jesus”.

Saulo amava Deus! Mas estava enredado em uma religião, ou seja, em um conjunto de sistemas culturais e de crenças.

Ser “cristão” não é viver uma “religião”! Ser cristão é ser “pequenos Cristos”! Isto é, seguir Jesus!

Imaginem se Pedro e André ao receberem o convite feito por Jesus para segui-lo o fossem, mas levassem consigo a rede.

Eles poderiam pensar: “a rede é inofensiva, e será útil quando o mestre estiver com fome”.

No entanto não conseguiriam acompanhar os passos de Jesus carregando aquele “peso”. Ainda que o seguissem com dificuldade, não estariam livres para estarem mais próximos de Jesus, ouvindo os ensinamentos diretamente da voz do Mestre. Provavelmente seriam mais um na multidão, que O seguia sem usufruir da virtude que d’Ele emana e alcança aqueles que O desejam tocar! Lucas 8:45 e 46

No mesmo instante eles deixaram suas redes e o seguiram. Marcos 1:18

Deixar a “sua rede” e O seguir é se tornar um amigo íntimo de Jesus! Conversar com Ele através da oração! Ouvi-lO através da sua Palavra!

É buscá-lO para interpretar aquilo que temos aprendido desde a infância, para que estes ensinamentos não se tornem uma ‘rede’ que nos impede de segui-lO de perto! E assim não permitir que estes ensinamentos se tornem escamas em nossos olhos, nos impedindo de vê-lO pessoalmente!

Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. Jeremias 29:12 e 13





sábado, 3 de junho de 2017

RELACIONAMENTO COM DEUS


Hoje vamos meditar em algo que é constantemente falado, mas pouco vivido!
Relacionamento com Deus!

Todos já ouvimos falar que Deus criou o homem para se relacionar com Ele, e este era o maior privilégio de Adão no jardim: ter com o Pai na viração do dia (Gênesis 3:8).

Também já lemos e ouvimos exaustivamente que Jesus veio para restaurar essa aliança quebrada pelo pecado e abrir novamente o caminho até o coração do Pai:
Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. João 14:6

No entanto poucos, pouquíssimos em comparação com a multidão que conhece esses versos até de cor, acreditam que eles mesmos podem ter esse tipo de relacionamento com o Pai.

Estão dentro da igreja, mas permanecem fora do Santo dos Santos, ignorando que o véu que nos separava foi rasgado do alto a baixo com a morte do nosso Salvador! (Marcos 15:38)

Ficamos no raso, nos consideramos indignos de experimentarmos “mais” de Deus.

Aos que são pais ou mãe, eu pergunto: “Vocês suportariam que seus filhos vivessem afastado de vocês? Que não compartilhassem suas experiências e não buscassem seus conselhos?” E aos que não tem a experiência da paternidade ou maternidade, eu convido a imaginar uma amizade, ou um namoro, onde não se compartilha experiências, onde não existe exposição de preferências, ou onde houvesse segredos.

É fácil afirmar que esses seriam relacionamentos sofridos, alguns mantidos por um tempo com mentiras teriam seus fins inevitáveis.

Agora convido você meu querido leitor a sentir o coração de Deus quando o olha assim, de longe. De longe porque você não se sente pronto para se aproximar, ou mesmo não quer esse compromisso.

E te desafio a fazer uma singela oração: “Deus deixa-me perceber Teus olhos sobre mim!”

Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus. Salmo 53:2

E por fim permita que o Espírito Santo o conduza de volta ao Pai, pois Ele o aguarda, não para recebê-lo como servo, mas sim como filho que nunca deixou de amar! Lucas 15:11-24

Se você O buscar com sinceridade deixará de ser “mais um na multidão”, para ser um filho que ao tocá-lO, receberá a Sua atenção! Marcos 5:24-34

E se porventura você for daqueles que estão dentro da igreja, mas que não consegue se sentir íntimo do Pai, eu quero te lembrar que existem águas mais profundas te aguardando, e que Jesus o aguarda ansioso para ceiar com VOCÊ que está aqui lendo esta mensagem!

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Apocalipse 3:20

Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido. João 15:15

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Quero deixar alguns versículos para instigar o seu desejo de ser “íntimo de Deus”! Como esses homens aqui descritos e muitos outros que encontramos registrados na Palavra de Deus, eu e VOCÊ podemos nos aproximar e sentir mais da Sua Presença!

E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. Gênesis 5:24

E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado de amigo de Deus. Tiago 2:23

Então o Senhor disse: “Esconderei de Abraão o que estou para fazer?” Gênesis 18:17

Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Amós 3:7

E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; Êxodo 33:11ª

O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança. Salmo 25:14


GOTAS DE ORVALHO III

MEMBROS DE UM SÓ CORPO





I Coríntios 12:12-27
Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também, o corpo é um só membro, mas muitos.
Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo.
E o olho não pode dizer aos pés: não tenho necessidade de vós.
Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; e os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. 
Porque os que em nós são mais nobres não tem necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.
Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.