quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Momentânea Tribulação

 

 



II Coríntios 4:8, 9, 16, 17 e 18

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; (...)
Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais (passageiras), enquanto as que se não vêem são eternas.

       
Quem pode ignorar que o mundo a nossa volta está desmoronando como um castelo de areia com a chegada da maré alta?

Quanta preocupação e dor isso tem nos causado?
        Entretanto o nosso manual de instrução, a nossa bússola, a “Palavra de Deus”, não nos desampara.

Antes nos prepara, afirmando que haverá dificuldades, enquanto traz o consolo, garantindo que não estamos sós, nos dizendo que essas obstáculos não tem o poder de nos destruir e nem de se prolongar por muito tempo.
        Quero distinguir a ação de consolar entre aquelas feitas por pessoas como nós, e o consolo de nosso Pai através de Sua Palavra e do Espírito Santo:

Nossos amigos querem nos consolar, mas algumas vezes só terão palavras que podem não surtir efeito algum diante de nossa dor, e ainda sem a intenção, podem estar afirmando algo inacessível, como a melhora de uma doença incurável.

Já quando o Pai vem de encontro a nossa dor, essa tem que se render ao Autor da vida! E Suas promessas jamais serão um mero alívio ilusório!
        Por isso não vivemos a ilusão que está tudo bem enquanto tudo se destrói a nossa volta, mas renovamos nossas forças para continuar enquanto for necessário passarmos por aprendizados árduos, que são  permitidos por Deus para nos moldar.

Pois Ele mesmo é quem nos sustenta. Nos ensinando o significado da verdadeira paz e felicidade, que são tão reais quanto eternas, aqui nessa vida e no porvir.

Ainda que estejam inacessíveis aos nossos olhos carnais nesse momento.

Paulo escreveu aos Romanos 8:18

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para se comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

A glória que nos a de ser revelada não se refere somente ao nosso futuro celestial, mas também aqui enquanto estamos nesse plano terrestre.

Pois assim como depois de uma tempestade vem a bonança, todos nós, depois de alguma turbulência nos percebemos mais experientes, com as forças renovadas e conscientes do milagre de Deus para termos ficados bem após a dificuldade.

Este amadurecimento cognitivo, psicológico e espiritual é a glória de Deus revelada em nós!

 

 

 

 

sábado, 19 de dezembro de 2020

ESSÊNCIA

 


 

Dentro de uma pequena semente pode estar a essência de uma grande arvore.

Dentro de cada um de nós encontra-se a essência de uma pessoa maravilhosa!

Mas como fazer germinar e crescer tal essência?

Para que a arvore venha existir na sua plenitude um dia aquela pequenina semente se entregou a terra e aceitou dela todo alimento que que lhe foi oferecido. Deixou-se envolver pela umidade e não deixou que o egoísmo aprisionasse o seu potencial.

Da mesma forma eu e você!

Devemos nos entregar a vida, nos envolvendo com aquilo que está ao nosso redor. Nos alimentarmos com os ensinamentos preciosos que são colocados em nosso caminho. E por fim deixarmos que a casca se rompa sem medo de expor aquilo que vem crescendo em nosso interior!

Existe toda espécie de plantas, das de pequeno porte às imensas, das que nos servem de alimento ou mesmo de remédio, e ainda àquelas que simplesmente existem para colorir a vida. Todas, sem exceção, são essenciais!

Assim também a humanidade carrega essa variedade inimaginável de pessoas que sempre tem uma linda função a cumprir. Alguns se destacam como uma enorme arvore frutífera, já outros parece passarem despercebidos como uma pequena grama. Mas todos são importantes e podem se alegrar com sua capacidade.

Porventura temos nos alegrado com a nossa existência? Percebemos como somos importantes no complexo ciclo da vida?

Ou cometemos o pecado de imaginar que somos insignificantes?

Não cometamos esse erro!

Devemos acreditar na nossa importância! Acreditar na essência que existe dentro de nós! Acreditar no nosso valor!

Certa vez um garoto caminhava entre uma multidão, e ali passava despercebido. Era só mais um garoto... Que importância teria?

Porém quando aquela mesma multidão começou a se incomodar por estar na hora de se alimentarem, foi aquele garoto que apresentou ao Mestre o seu “insignificante“ lanche. Com cinco pães e dois peixinhos Jesus alimentou aquela multidão!

E o garoto?

Continuou anônimo para muitos...

Mas não para Deus!

Por isso eu te convido nesse momento a rever os conceitos sobre si mesmo! Com certeza encontrará algo em que possa se alegrar por ser útil ao Pai!

A essência em nosso interior quer romper a fina casca que lhe envolve, para então germinar e crescer... E se tornar uma linda, essencial e inigualável planta!

 

Dentro de nós está a essência de uma pessoa maravilhosa!

 


quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

CONFIANÇA OU AUTOCONFIANÇA?

 


Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Salmos 20:7


Por vezes ficamos confiantes que o mal não nos alcançará e teremos vitórias pelo fato de sermos “cristãos”.

Quero comparar essa “autoconfiança” com aquela que existiu no povo de Israel e que os conduziram a confiar em seus comportamentos ritualísticos diante de Deus enquanto seus corações se distanciavam mais e mais de Deus.

Os rituais foram estipulados por Deus através de Moisés, mas estes eram para ser um simbolismo do que deveria ser um relacionamento íntimo com Deus. E como sabemos os Israelitas permaneceram por muito tempo somente com os rituais.

Precisamos aprender com as tristes experiências do povo de Israel, pois essas podem estar retratando realidades atuais que não queremos enxergar.


O sintoma que deflagra nossos erros inconscientes é a ansiedade constante, o sentimento de insaciedade, amarguras, guerras interiores entre muitas outras percepções e fatos que nos desmascaram diante de nós mesmos.


Porque o meu povo fez suas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram, cisternas rotas, que não retêm águas. Jeremias 2: 13

Hoje, não nos curvamos diante de uma imagem de escultura, não roubamos, não matamos; e por isso nos sentimos justos diante de Deus.

Nossa auto confiança disfarçada de fé se torna o amante de nosso EGO.

Existe ainda o apelo por conquistas financeiras e comparações com muitas outras situações e de outras pessoas, próximas ou da mídia, que se tornam a idolatria que mina o verdadeiro relacionamento com Deus.

Estou chamando de idolatria o valor excessivo que dou a algo, ou seja, algo que está ocupando em demasia os meus pensamentos e me levando para longe dos desígnios que Deus tem para mim!


Podemos ser prósperos, mas o alerta vermelho soa quando isso se torna um pensamento e preocupações constantes em nossa mente.

Podemos nos preocupar com entes querido ou algumas situações que observamos a nossa volta. No entanto essas preocupações devem ser depositadas definitivamente aos pés do Único que pode resolver a situação, e assim impedirmos que se tornem um tormento em nossa mente e nos adoeça.

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Salmos 127:1,2


No livro de Oséias aprendemos que Israel é comparado a uma esposa que traiu o seu marido. E nós, igreja de Cristo somos chamados de Sua noiva.

Oséias diz que Deus conduz sua Noiva para o deserto. Isso para que ela perceba que só Ele pode alimentá-la da maneira que se sacie e guardá-la para que nada possa causar-lhe algum dano.

Portanto, eis que eu a trarei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Oséias 2:14

Estar no deserto “com Deus” é considerar TUDO ao nosso redor como fútil e passageiro, como escreveu o apóstolo Paulo aos Filipenses 3:7,8:

No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não tem nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo.


Quando entendermos e vivermos isso que Paulo escreveu ao Filipenses poderemos nos deleitar no manancial de águas vivas:

Jesus respondendo, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. João 4:13, 14

Ao aprendermos e colocarmos em prática essa lição, comeremos para manter o corpo físico enquanto estivermos aqui na terra, mas não para saciar a alma, pois esta já estará satisfeita em Deus Pai através de Jesus.


Portanto, quando nos saciarmos no manancial de águas vivas nada mais importará, e passaremos a considerar nossa vida aqui insignificante ao ser comparada com o que nos aguarda no porvir, como foi com os heróis da fé:

Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.

E se, na verdade, se lembrassem daquela se onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar. Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. Hebreus 11: 13-16

     

    Para encerrar quero te convidar a ler o Salmo de número 16, e assim continuaremos aprendendo como nossa confiança está somente em Deus!

 https://www.bible.com/pt/bible/211/PSA.16.NTLH

  

terça-feira, 13 de outubro de 2020

NOS EDIFICANDO COMO TEMPLO DE DEUS

 



E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. 1 Reis 6:7

 

Quando aprendemos que somos templos do Espírito Santo de Deus, desejamos ser a melhor casa para o Pai.

 

Porém no decorrer de nossa jornada terrena somos afrontados por nossas falhas pessoais que persistem em nos lembrar que somos pó!

 

Nesse momento, se não tomamos cuidado, o inimigo de nossas almas nos convence que é impossível estar na presença de Deus!

 

Portanto, eu e você devemos nos lembrar o quanto o nosso adversário é mentiroso! (Mateus 19:25,26)

 

E que o Pai já providenciou a maneira de nos resgatar de nossas próprias fraquezas:

 

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado. João 3:16-18a

 

(...) de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam. 1 Reis 6:7b

Esse trecho de Reis 6:7 nos esclarece algo muito específico: o agir de Deus em nós será na maioria das vezes imperceptível aos olhos humanos. No silêncio e oculto de nossas almas o Espírito Santo está a cada dia nos moldando e nos aperfeiçoando para sermos o edifício de Deus: 1 Coríntio 3:9

 

Isso sem nos eximir da responsabilidade que nos cabe, pois, assim como Salomão organizou e providenciou a construção da casa de Deus, o Templo, assim nós também temos responsabilidades na manutenção dessa casa que somos nós, como revelou Deus a Salomão:

 

Então veio a palavra do Senhor a Salomão, dizendo: Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai; e habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o meu povo de Israel.

Assim edificou Salomão aquela casa, e a acabou. 1 Reis 6:11-14

 

No entanto, é primordial não nos esquecermos que em tudo somos dependentes da ajuda do Pai, através de Seu Santo Espírito:

 

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono. Salmos 127:1,2

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

PENSAMENTOS

 



Se o Senhor sabe o que acontece até mesmo no mundo dos mortos, como poderá alguém esconder dele os seus pensamentos? Provérbios 15:11

Como estão os seus pensamentos?

Ansiosos, angustiados, distraídos, perturbados?

Nossa mente por vezes parece independente da nossa razão. Vagando por pensamentos que nem sempre causam uma sensação agradável.

E por mais que tentemos ter o controle, ele, o pensamento, nos escapa, e nos traz sensações que nos afetam.

Sabe aquele momento em que alguém ao nosso lado nos questiona no que estamos pensando. E rapidamente conseguimos disfarçar e dizer qualquer outra coisa que não é realmente condizente com aquele pensamento que nos distraía?

Isso jamais vai acontecer com o nosso Senhor. Ainda que tenhamos tal ilusão!

Ele sabe os nossos pensamentos, antes mesmo que se tornem conscientes para nós mesmos:

Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. Salmos 139:4

A questão é para onde estão nos levando os nossos pensamentos.

Pois como disse anteriormente, este parece nos fugir do controle e causar angústias e preocupações que nos torturam.

Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos. Provérbios 4:23

Agora que admitimos que não temos o controle sobre os nossos pensamentos, precisamos aprender a entregá-los àquele que o conhece melhor que nós mesmos, que pode discerni-lo (Hebreus 4:12), e também os tratar para que deixe de nos angustiar:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu julgo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu julgo é suave, e o meu fardo é leve. Mateus 11:28-30

 

 

 

 

 

domingo, 26 de julho de 2020

SEGUIR JESUS





E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te ei para onde quer que fores. E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vais e anuncia o reino de Deus.
Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:57-62

Quando ouvimos o evangelho o nosso coração se alegra e intenciona seguir Jesus onde quer que Ele nos guie. Segui-lo é, sem dúvidas nenhuma, a melhor decisão. No entanto precisamos nos atentar para questões importantes que influenciarão a nossa decisão, podendo nos fazer vacilar ou mesmo voltar para trás.

O evangelho de Lucas nos traz três exemplos de pessoas que quiseram seguir Jesus ou mesmo foram convidadas por Ele para segui-lo, porém que hesitaram.


I
O primeiro, descrito nos versículos 57 e 58 de Lucas 9, se ofereceu para seguir Jesus, no entanto, a admoestação de Jesus nos revela o que havia no coração dessa pessoa, pois muitos desejavam, como ainda hoje, seguir Jesus porque Ele cura enfermidades, ressuscita mortos, alimenta famintos; sendo então uma intenção com interesses próprios.

Jesus esclareceu que o seguir não significa viver um conto de fadas com final feliz. É importante termos consciência que aqui na vida terrena poderemos sofrer situações constrangedoras ao afirmarmos nossa fé em Jesus.

O apóstolo Paulo afirmou que o que nos espera no porvir não se deve comparar com o que vivemos; e nos alerta para não fixarmos nossos olhos apenas no que eles podem ver:

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Romanos 8:18

Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 1 Coríntios 15:19

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. 2 Coríntios 4:17,18

Portanto, o que afirmou Jesus, é que não é aqui o nosso descanso, como não o foi de nosso Mestre!

E ainda que ao segui-lo venhamos receber algumas bençãos, nosso coração não pode estar focando nessas oportunidades temporais, e sim na principal benção que é estar de volta aos braços do Pai!


II
Nos versículos 59 e 60 vemos a outra pessoa que recebeu o convite de Jesus para segui-lo. Porém, este pediu para antes ir sepultar ao seu pai.

Esse episódio refere-se a uma cultura que existia naquele determinado tempo e que havia sido entendida como uma lei para os judeus, que era a responsabilidade que as pessoas tinham de cuidar de seus pais até a morte. Portanto essa pessoa que recebeu o convite de Jesus, pediu para cumprir essa regra (que poderia demorar muitos anos) antes de segui-lo.

A Palavra nos ensina que devemos “honrar" nossos pais, sendo esse mandamento atrelado a uma promessa:

Honra a teu pai e a tua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus. Deuteronômio 5:16

Podemos entender que essa pessoa, que disse que precisava sepultar ao seu pai antes de seguir Jesus, estava ancorando todos os seus sentimentos e expectativas em uma base cultural, já que honrar seus pais não significa necessariamente estar ali até sepulta-los, mas tê-los em consideração onde quer que estivessem, ao mesmo tempo que diante de atitudes corretas na sua lida diária não difamá-los por má criação.

Portanto, observamos que devida a uma cultura incutida em sua mente, aquela pessoa estava colocando Jesus em segundo plano.

Por isso Jesus disse: “Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos”, ou seja, devemos tomar cuidado para que ensinos culturais e interpretações da Palavra de Deus que estão fora do real significado deixado por Deus, não nos deixe “mortos”, insensíveis, para o Reino de Deus.

Essa insensibilidade mascarada por obrigações culturais nos impede de anunciar o Reino de Deus, que foi a ordem expressa por Jesus aquela pessoa e a todos quanto querem segui-lo.

Mas o que seria “anunciar o Reino de Deus” nos dias de hoje?

Anunciar e viver o Reino de Deus pode ser um dos maiores desafios que encontramos no dia a dia. Pois ansiamos por uma resposta clara e fácil como Nicodemos ao interrogar Jesus (João 3:1-12).

A dificuldade que surge para Nicodemos, e que pode acontecer conosco, é quando se tenta comparar e entender o Reino de Deus com o mundo físico. Jesus usou a alegoria do vento, que sentimos em nossa pele e observamos o seu agir no balançar das folhas das árvores, mas que não sabemos de onde veio nem para onde vai; ou seja, até mesmo naquilo que acreditamos conhecer, somos limitados.

Mas ao decidirmos seguir Jesus aceitaremos uma dimensão real, mas que não pode ser entendida com a razão humana, pois esta é limitada.

Nicodemos se sentia confuso porque os testemunhos dos feitos de Jesus comprovavam a existência do Reino de Deus, enquanto seus superiores afirmavam que Jesus era uma farsa.

Por isso, mais uma vez precisamos nos esforçar para não fazer parte de um grupo de pessoas que como “mortos espirituais”, não conseguem vivenciar e anunciar o Reino de Deus.

Já, ao crermos nas palavras de Jesus passamos a ser como o vento, cheios do Espírito de Deus, anunciamos o Reino de Deus através do nosso testemunho de fé!


III
A terceira pessoa descrita no Evangelho de Lucas 9, nos versículos 61 e 62 se oferece para seguir Jesus, porém, logo em seguida apresenta um contratempo: “Se despedir daqueles que estão em sua casa”.


O que talvez este jovem estivesse ansiado era uma espécie de validação por parte de seus entes queridos para a sua decisão de seguir a Jesus. Esta infelizmente é uma armadilha constate na vida de muitas pessoas que ouvem o evangelho, mas que estão envoltos em uma sociedade que não se encaixa com os preceitos do Reino, como no caso de pessoas materialistas, consumistas ou mesmo desatentas ao caos que está o mundo ao seu redor.

Para outros, “despedir” é esperar que aquilo que lhe foi ensinado como importante, como casamento, filhos e planos profissionais, se realizem antes de se dedicarem intensamente ao Reino. Estes acreditam que para anunciar o Reino é necessária uma exclusividade que os impediriam de alcançarem os projetos pessoais. Enquanto na realidade o que o Reino requer é ser a baliza para esses projetos:

Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33

            Fato é que, se nossa mente vaga preocupada em como os pontos pessoais seguirão em nossas vidas enquanto tentamos seguir Jesus, estamos coxeando entre dois pensamentos (1 Reis 18:21). Ou seja, não dando a devida atenção ao Reino de Deus. Por isso Jesus usou o exemplo da pessoa que usa o arado, que é uma ferramenta que exige toda atenção de quem a está manuseando.
           
Para viver o Reino e a sua plenitude, aqui na vida terrena, precisamos internalizar as palavras do apóstolo Paulo em sua carta aos Filipenses:
Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Filipenses 1:21
           
Pois de outra maneira poderemos estar nos enganando, deixando com que projetos pessoais tomem o lugar de Jesus em nosso coração e mente.
           
Muitos de nossos anseios podem e vão se realizar em nossas vidas, se tornando até mesmo ferramentas úteis para testemunhar o amor e cuidado de Deus pela humanidade. Porém, estes não podem, de maneira alguma, estarem como mais importantes em nossos corações, fazendo com que percamos o foco principal de nossas vidas.
           
Quando entendermos isso estaremos aptos para seguir Jesus!
           
Como Maria, irmã de Lazaro, que demonstrou sua decisão ao derramar o que ela possuía de mais precioso aos pés do Mestre (João 12:1-11).



           





segunda-feira, 22 de junho de 2020

VENCENDO O MEDO





No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 1 João 4:18

Nos tempos atuais o que tem prevalecido nos corações é o MEDO.

Medo do amanhã; medo de enfermidades; medo da solidão; medo de não termos o controle da situação financeira; entre vários outros medos.

Sentimos a garganta fechar, parece-nos que não vamos conseguir respirar. A esperança nos parece um conto de fadas, tão ilusória quanto os príncipes encantados que chegavam na hora certa para salvarem as princesas em perigo.

É nesse momento que precisamos colocar o colete salva-vidas: “A Palavra de Deus”!


Nela está escrito que “o amor lança fora todo medo”. Que amor tão poderoso é esse?

É o amor de Deus:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que seu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

O mundo desde o seu início, o qual alguns pesquisadores datam de milhões de anos já passaram por tormentas diversas: terremotos, tempestades, secas, asteroides, dilúvios, guerras etc. No entanto ele permanece aqui por determinação do Criador.

Portanto, nós também podemos permanecer.

Permanecemos porque sabemos que os olhos do Pai continuam atentos, vendo não só o nosso corpo físico, mas também nossa alma, o nosso coração aflito, e quer nos consolar! Quer nos fortalecer para suportarmos a tempestade que temos que passar para chegarmos ao nosso destino: A Sua presença! O Éden, o colo do Pai!

Precisamos nesse momento tomar as rédeas do nosso coração aflito e ordenar que o medo saia dele. E em seguida preenchê-lo de AMOR. Amor por Deus Pai o nosso Criador que se completa ao reconhece o Seu inexplicável amor por cada um de nós!

Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está posta no Senhor.
O que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles, e o que guarda a verdade para sempre; o que faz justiça aos oprimidos, o que dá pão aos famintos. O Senhor solta os encarcerados.
O Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos; o Senhor guarda os estrangeiros; sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios.  Salmos 146:5-9




segunda-feira, 20 de abril de 2020

LEMBRANÇA NECESSÁRIA



Porque o Senhor vosso Deus fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho que fez secar perante vós, até que passássemos. Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor, que é forte, para que temais ao Senhor todos os dias. Josué 4:23,24

Precisamos trazer a memória aquilo que nos dá esperança: Lamentações 3:21.

Qual foi o "mar vermelho" que PAPAI abriu para você? E qual foi o "rio Jordão" que parou para que você prosseguisse em segurança?

Relembre e escreva para que fique como memória necessária a você e testemunho para os que estão a sua volta!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

MAIS DE DEUS VI



“à virtude a ciência” 2 Pedro 1:5c

O dicionário explica a palavra ciência da seguinte maneira: “Conhecimento atento e aprofundado de algo.”

Por tanto, mais uma vez, fica sob nossa responsabilidade dedicar-se a aprender, compreender e aprofundar naquilo que se torna o caminho de volta ao Pai!

Ser cristão não é “mistificar” aquilo que não se explica racionalmente. Antes é, compreender que a verdadeira espiritualidade é uma trilha que nos convida a conhecer os mistérios de Deus.

Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
Mas está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:6-16

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

MAIS DE DEUS V



“acrescentai à vossa fé a virtude” 2 Pedro 1:5b

Você tem fé, caso contrário não estaria aqui lendo minhas postagens! Talvez a sua fé esteja frágil, devida a labuta diária e tempestades que tem passado. E é exatamente por essa necessidade de fortalecermos a fé que Pedro deixou essas instruções em sua segunda carta!

Com uma alimentação adequada e exercício constante (leitura diária da Palavra e busca por aprendizados confiáveis, bem como a prática daquilo que tem aprendido) teremos uma fé saudável e fortalecida, que não desvanecerá em meio a tempestades ou guerras espirituais.

E o primeiro passo para manter a fé sadia é acrescentarmos a ela a virtude.

O dicionário explica virtude como: “O que expressa boa conduta em conformidade com o correto, aceitável ou esperado; o que segue os preceitos do bem, de normas morais.”

No nosso dia a dia o que mais nos bombardeia são as seduções para nos adequarmos aos “jeitinhos”, com toda tipo de imoralidade, egoísmo e comodismo, sutilmente imbuídos.

O cristão que convive com o mundo que o rodeia sem tomar devidas precauções será contaminado sutilmente, fazendo com que toda e qualquer virtude seja aniquilada de sua vida.

Por isso o apóstolo esclareceu ser de nossa responsabilidade acrescentarmos a virtude a fé!

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2